O GAECO (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, realizou nesta terça-feira, uma operação que investiga extorsão, corrupção e organização criminosa que envolve guardas civis municipais de Indaiatuba e até o delegado titular do 1º Distrito Policial, José Clésio Silva de Oliveira Filho.
Segundo o Ministério Público, a Operação Chicago é parte da investigação de um esquema que criava boletins de ocorrência para extorquir empresários.
Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária em Indaiatuba e Itu. O próprio delegado foi detido. A operação também mira dois investigadores, um escrivão, dois guardas civis e três advogados.
Segundo o MP, o grupo invadia estabelecimentos comerciais, pegava bens e valores das vítimas com decretação de prisões abusivas, utilizando-se da atuação específica de polícia judiciária (como boletins de ocorrência, inquérito, relatórios investigatórios etc.) para sustentar exigências ilícitas de pagamento de vantagens indevidas como preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.
Mais de uma dezena de empresários foram vítimas dos crimes, em especial das extorsões, no período de cerca de um ano. A exigência de valores varia de R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por vítima.
A denominação da operação remete a Chicago dos anos 20 e 30, período em que gangsters governavam a cidade à base de violência, ignorando a lei.
A defesa do delegado informou que não vai se pronunciar porque os autos estão sob segredo de justiça.
O que diz a prefeitura de Indaiatuba
A Prefeitura ainda não foi oficiada sobre o caso. De forma antecipada e para colaborar com a operação do Gaeco, foi aberto procedimento administrativo e afastados os envolvidos.
