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Campinas já teve caso de mulher que levou morto para agência bancária

Foto: Arquivo

A notícia de que uma mulher foi presa após levar supostamente o tio para uma agência bancária do Rio de Janeiro com o objetivo de assinar um empréstimo de R$ 17 mil fez lembrar um caso semelhante que aconteceu em Campinas.

Em outubro de 2020, uma mulher de 58 anos levou o suposto marido à agência do Banco do Brasil, na Rua Costa Aguiar, no Centro, para fazer prova de vida. O homem, Laércio Della Coletta, de 92 anos, já estava morto há cerca de 12 horas de acordo com laudo da Polícia Científica. Ele era escrivão de polícia, aposentado e viúvo.

Ao chegar na agência, ela disse que tinha esquecido a senha da conta do marido e precisava fazer uma nova para retirar o dinheiro. Os funcionários, porém, suspeitaram que ele estava morto e chamaram o Samu e o Corpo de Bombeiros, que atestaram o óbito. À época, eles chegaram a suspeitar de que o homem já estaria morto há mais tempo em função do estado cadavérico do corpo e por causa do inchaço dos pés.

A investigação prévia da Polícia Civil apontou que a mulher tinha contado com a ajuda de um casal de vizinhos para levar o homem em uma cadeira de rodas. A intenção, era fazer a prova de vida para recebimento da aposentadoria.

À polícia, ela afirmou que havia conversado com o suposto marido pela manhã e tinham falado de seguirem até o banco para fazer a prova de vida. Ela ainda disse que o aposentado estava bem de saúde até chegar na agência, mas começou a ficar debilitado há cerca de um mês.

A advogada de defesa disse, na época, que o fato de Laércio ter sido removido pela ambulância do Samu, o não encaminhamento ao Serviço de Verificação de Óbito e a certidão de óbito indicariam, supostamente, que o idoso teria chegado vivo ao hospital, e morrido só depois.

A Rede Mário Gatti esclareceu à reportagem, dias depois, que a morte do idoso foi constatada na agência bancária por uma equipe avançada do Corpo de Bombeiros. O Samu havia chegado ao local antes, com uma unidade básica, que não tem autonomia para constatar mortes.

O protocolo é que, neste tipo de situação, a causa da morte precisa ser averiguada pelos órgãos competentes. Como o corpo já estava na ambulância do Samu, foi levado ao serviço de saúde mais próximo, no caso o Hospital Mário Gatti, e retirado pelo Instituto Médico Legal, como manda o protocolo. Disse, ainda, que o Serviço de Verificação de Óbito estava fechado por causa da pandemia de covid-19.

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