O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça, nesta segunda-feira,13 pessoas suspeitas de integrarem um grupo organizado que inventava crimes e acaba extorquindo comerciantes e empresários, em Indaiatuba. O bando seria formado por policiais militares, advogados e guardas municipais.
A Promotoria do MP aguarda a decisão, que deve sair nos próximos dias, para saber se a Justiça aceita a denúncia. A prisão temporária, que tem prazo de 30 dias, vence nesta quinta-feira, por isso, a Promotoria fez o pedido da preventiva. Todos os 13 denunciados estão presos.
A informação foi obtida pelo g1 Campinas junto ao MP-SP.
A operação do MP foi realizada no último dia 26. De acordo com informações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público) o grupo criminoso fabricava boletins de ocorrência, inquéritos e relatórios de investigação para ameaçar as vítimas e exigir propinas. Os documentos e até prisões em flagrante eram forjados. O valor das extorsões variava de R$ 1 a R$ 3 milhões por vítima.
Os agentes visitavam os locais e faziam falsas apreensões de bens, valores e mercadorias, apontando supostas irregularidades. Em seguida, eles registravam um boletim de ocorrência e começavam a ameaçar os empresários, exigindo pagamentos sob “pena de prisão”.
A suspeita é que os investigados tenham exigido, pelo menos, R$ 10 milhões de reais de propina desde 2022, para arquivar investigações que eram forjadas pelos suspeitos.
A Secretaria de Segurança Pública disse que a corregedoria da Polícia Civil acompanha o caso.
Em nota, a Prefeitura de Indaiatuba afirmou à época que abriu procedimento administrativo e afastou os envolvidos. Os funcionários comissionados foram exonerados.