Essa é uma daquelas notícias que mesclam ameaça e oportunidade ao mesmo tempo. O fato é que – com a Pandemia do Covid-19 – muitos dos processos de transformação digital das empresas foram acelerados.
Na prática, o conceito de transformação digital é o ato de substituir ou integrar tecnologia aos processos de uma empresa. Por exemplo, antes da pandemia, para parte das empresas de varejo, a única opção de venda de seus produtos era a loja física. Com o distanciamento social e as restrições de circulação, as empresas precisaram buscar alternativas para seguirem vendendo seus produtos, agora pelo meio online.
Esta procura por serviços digitais já criou uma situação completa de falta de mão de obra, que deve se acentuar com este mundo pós pandemia, uma vez que os hábitos digitais devem se intensificar a partir deste período.
Mas o que falta?
Este é o ponto de atenção. Em um país, onde mais de 14 milhões de brasileiros seguem desempregados, o que falta é: mão de obra qualificada.
E este não é um problema de hoje. Nos últimos 2 anos, o número de vagas em aberto no setor era de mais 100 mil. Segundo dados recentes, este número chegará perto de 200 mil ainda este ano, somando um déficit de aproximadamente 30 a 40 mil vagas a cada ano. Estima-se que, em 2024, serão cerca de 300 mil vagas em aberto.
A pesquisa da HSM-Learning “Cenário Econômico Pós-Vacina, o que podemos esperar dos negócios?”, entrevistou 320 empresários de diversos setores, alerta 56% das empresas sinalizaram que ampliarão os investimentos em TI e 25% delas em inovação.
Mas o que isso significa na prática?
O aumento significativo dos investimentos nas áreas de Tecnologia está puxando para cima o problema da desqualificação de parte importante deste mercado. Isso impulsionado pela alta competitividade e principalmente pelo aumento da cobrança por resultados, baseado no que se convencional chamar de negócios de alta perfomance.
A dica para resolver esse problema está no cerne da própria questão: é preciso qualificar os profissionais.
Apesar do mercado de tecnologia não exigir uma formação acadêmica mais rígida, como a medicina, por exemplo, é necessário desenvolver habilidades específicas, como ao desenvolvimento do chamado raciocínio lógico, a análise de dados e a capacidade de autogestão.
Para isso a saída é estudar e se aperfeiçoar e a boa notícia é que este conhecimento é gratuito, basta procurar corretamente na internet e identificar as melhores fontes.
Há inclusive uma série de portais e sites que ajudam no processo de formação destas competências, boa parte destas plataformas de maneira gratuita. Basta procurar.
Aliás, a capacidade de pesquisa e organização de informação, elementos necessários para o desenvolvimento de qualquer carreira – ainda mais as ligadas à tecnologia e a inovação – são cada vez ativos mais escassos, nos dias de hoje.
Alguns portais e plataformas que oferecem cursos e treinamentos em tecnologia
Workover Academy
Udemy
Coursera
Rock University
UOL Eduação
Code Academy
Udacity
HTML Dog
Alura
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Samuel Leite é jornalista, especialista em inovação e líder da Digitale – agência de publicidade digital