Um empresário acusado de matar e esconder o corpo da amante em uma fossa, em Campinas, foi condenado a 16 anos de prisão, durante julgamento realizado na última quinta-feira (10). Adriano de Oliveira Querino foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O Tribunal do Júri também reconheceu que o homem agiu sob domínio de violenta emoção, além das qualificadoras de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
O crime ocorreu há mais de cinco anos. O corpo de Taiz de Sá da Paz, de 24 anos, foi encontrado enterrado em uma fossa no Jardim São Judas Tadeu no dia 13 de março de 2018, e o empresário era o principal suspeito do crime. A vítima estava desaparecida há quase um mês.O homem se apresentou à Polícia Civil no dia 14 de março do mesmo ano. Segundo o delegado do caso, Rui Pegolo, Querino confessou o crime sob justificativa de legítima defesa.
À época, o delegado disse à EPTV, afiliada da TV Globo, que o laudo da perícia necroscópica apontou que a vítima morreu por asfixia, e o argumento de legítima defesa não convenceu os investigadores. Ainda de acordo com o delegado, o réu teria planejado o assassinato após a jovem pressioná-lo a apresentar o filho deles, com seis semanas de vida, à esposa e outros filhos do empresário.
O réu deve cumprir a pena em regime inicial fechado e ainda pode recorrer da decisão.