A pauta era pra contar o que tinha acontecido em um dia de chuva forte na cidade de Sumaré. A gente mudou o gancho, porque o problema não era exclusividade daquele dia e quem contou isso pra gente foram três crianças. Elas moram em casa que fica dentro de uma borracharia, às margens do Ribeirão Quilombo, no bairro São Domingos.
Quando começa a chover, o Fábio dos Santos Jr. já fica com medo, porque teve uma vez que a família dele perdeu tudo. Aliás, foi esse garoto de 10 anos, que veio falar com a gente, ele estava aflito, porque na rua em que estávamos já tinha um ponto alagado.
Além de perder tudo, essas crianças chegaram a ficar sem casa. O Rafael Faria também de 10 anos entrou na conversa e lembrou quando teve que ir para centro esportivo da cidade. O terceiro garoto que conversou com a reportagem foi o Pablo Inácio.
Ele sabe direitinho os sinais de risco: alerta do corpo de bombeiros, a água chegando a determinado nível e claro, e menino de 8 anos está de olho nas notícias e se preocupa quando comportas são abertas.
A reportagem conversou com as crianças neste dia 11 de março, quando choveu em Sumaré cerca de 90 mm, no período de 24 horas. O Ribeirão Quilombo transbordou e chegou a invadir casas na região do Picerno. As crianças estavam com um responsável, o César Faria.
