A Universidade Estadual de Campinas registrou recorde pelo segundo ano seguido no número de aprovados vindos de escolas públicas. Do total de 3.330 chamados na primeira lista do vestibular, 1.720, ou 52% dos estudantes, cursaram o Ensino Médio em instituições públicas. O número superou ligeiramente os dados registrados no processo seletivo de 2016. Naquele ano, foram 1.714 alunos, ou 51,9%.
Com isso, a Unicamp bate pela segunda vez a meta de inclusão firmada em 2015 com o Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social. No programa, os candidatos de escolas públicas recebem um bônus nas notas: 60 pontos na primeira fase e 90 pontos na segunda. Por isso o coordenador-executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares, Edmundo Capelas, vê o resultado como uma consolidação.
O número de ingressantes se distribui, mas a maioria está concentrada nos cursos de maior procura. Entre eles, Medicina e Arquitetura. Questionado sobre o risco de evasão devido às condições financeiras, o reitor da universidade, José Tadeu Jorge, promete mais esforços. Segundo ele, a própria criação do programa de inclusão exigiu mudanças na estrutura de oferta de bolsas e atenção aos alunos mais pobres.
Entre os 1.720 estudantes de escolas públicas aprovados na Unicamp, 571, ou 32% do total, se declararam pretos, pardos e indígenas. Neste caso, os dados ficaram abaixo de 2016, quando 581 foram chamados na primeira lista do vestibular, o que representou 33,5%.
Todos os estudantes aprovados deverão realizar a matrícula entre 8h desta terça e 18h de quarta-feira no portal da Comvest. É necessário ter em mãos o número de inscrição e a senha particular. Mas além da matrícula online, os candidatos deverão também fazer a matrícula presencial no dia 21 de fevereiro e realizar a confirmação da matrícula no dia 2 de março para garantir a vaga na universidade.
