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Aos 113 anos, Lar dos Velhinhos se consolida como espaço para qualidade de vida na 3° idade

Pode ser que ao chegar à velhice, a vontade seja de ter tido um passado diferente. Quem sabe dê até saudade da disposição da juventude. Talvez, sinta a impressão de que o tempo passou rápido demais.

No entanto, pode acontecer como Aurélio Mei que só depois dos 80, se tornou uma pessoa feliz. Essa felicidade veio em um espaço de 72 mil metros quadros, criado em julho 1904, para abrigar moradores de rua de Campinas. Em 1972, se tornou o Lar dos Velhinhos e hoje tem nove pavilhões, com capacidade para 128 idosos, na cidade do interior de São Paulo que tem cerca de 165 mil pessoas com mais de 60 anos.

O acolhimento no local ocorre através analise social e histórica dos pacientes, através de uma equipe multidisciplinar, composta, por exemplo, pela psicóloga Renee Veidan. Muitos casos, são desafiadores, mas os resultados no fim tem sido os melhores possíveis.

 

Até chegar a 3° idade diversas situações podem levar a se ter uma vida difícil ou triste. No Lar dos Velhinhos de Campinas, por exemplo, 25% dos idosos não mantém vínculos familiares. Há ainda os que passaram por momentos delicados ao longo da história.

Dados Disque 100 mostram que no país, em 2016, 32 mil denúncias de situação intoleráveis contra idosos chegaram ao canal. Muitas são praticadas por familiares e englobam negligência, violência psicológica, abuso financeiro, violência física e maus tratos.

A boa notícia é que cientificamente, ter mudanças de hábitos e novas experiências podem sim, mudar a vida das pessoas. Tarso Mosci que é presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio de Janeiro abordou isso em um artigo médico.

No lar dos Velhinhos, uma das atividades que ajuda a mudar e melhorar o envelhecimento é a terapia ocupacional. A profissional Gisele Habrnann atesta a efetividade das ações que trabalham socialização e  parte cognitiva, por exemplo.

Nós estivemos no Lar dos Velhinhos de Campinas neste mês julho, quando comemorou 113 anos. Os idosos foram muito receptivos, conversaram e se mostram felizes. Alguns usam o espaço ao livre e cheio de árvores e roseiras para caminhar e praticar exercícios físicos.

Na bocha, os homens se concentram e jogam conversa fora. A maioria também nos falou das festas e bailes que ocorrem no local e animam a melhor idade.

O Lar dos Velhinhos de Campinas é mantido por doações. Informações no www.lvc.org.br.

 

 

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