Além da entrada limitada a 150 pessoas devido à reforma no Plenário, que deixou muita gente de fora, a primeira sessão de 2018 na Câmara de Vereadores de Campinas também rendeu outra reclamação na última segunda-feira. A falta de vaga para idosos irritou a campineira Cidinha Fulfule. Ela pretendia acompanhar a discussão sobre o pedido de Comissão Processante contra o prefeito Jonas Donizette, mas conta que foi barrada por um agente da Emdec.
Segundo ela, o espaço reservado em frente ao prédio estava com cavaletes que impediam que ela manobrasse o carro. Ao conversar com um funcionário da empresa responsável pelo trânsito municipal, no entanto, não foi autorizada. Em meio a grande movimentação devido a dois atos convocados pela população e a lotação máxima do espaço, ela relata que não conseguiu encontrar lugar para estacionar. E como estava longe da entrada, desistiu e voltou para casa.
A aposentada relata que acompanha as reuniões no Legislativo há 18 anos e que nunca havia enfrentado situação semelhante. Para ela, o veto é um desrespeito e uma violação dos direitos. Por isso exige justificativas da Casa e da Emdec. Na tarde desta quarta-feira, cerca de duas horas e meia antes do início de mais uma sessão, os cavaletes continuavam distribuídos ao lado da calçada. Um veículo com uma credencial no painel estava estacionado na vaga para idosos.
A assessoria da Câmara de Campinas foi questionada e afirmou que as vagas para idosos e deficientes na Rua Roberto Mange, em frente à entrada do Plenário, continuam disponíveis e que não há nenhuma restrição ou mudança. Segundo o posicionamento, o único pedido feito à Emdec envolvia a colocação dos cavaletes para que a entrada de caminhões não ficasse impedida, já que a descarga de materiais para a obra é frequente e os trabalhos ainda acontecem. Já a Emdec justificou que os cavaletes entre a calçada e a rua fizeram parte de uma operação pontual para evitar que os carros estacionados causassem reflexos no trânsito devido à grande circulação de pessoas naquele dia.
