As 11 assinaturas necessárias para a instalação da CPI da Emdec na Câmara Municipal de Campinas não foram conquistadas pelos vereadores Tenente Santini e Marcelo Silva, do PSD, que apresentaram o pedido de abertura desta comissão. O pedido foi motivado após as denúncias do Ministério Público, mas a base aliada do Governo Jonas Donizette na Câmara fez uma nova blindagem ao alto escalão na sessão desta segunda-feira. Em vez da CPI, o secretário Carlos José Barreiro foi apenas convidado para ir à Casa para prestar esclarecimentos.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. Dentre as irregularidades, está a aplicação de multas feita por ele próprio. O vereador Marcelo Silva afirmou que o pedido de abertura da CPI se baseia na ação do Ministério Público que pede, além de punições a Barreiro, a anulação de todas as autuações realizadas pela Emdec nos últimos cinco anos, incluindo as que não foram realizadas pelo secretário, além da devolução dos valores que foram pagos pelos motoristas multados.
Marcelo Silva quer saber onde foram parar os 319 milhões de reais aplicados em multas em Campinas nos últimos 5 anos. O vereador Tenente Santini lembrou ainda que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo rejeitou em 2015 as contas da secretaria de transportes. Santini quer que estas contas sejam detalhadas no dia da convocação do secretário Barreiro.
O líder de governo, vereador Marcos Bernardelli, do PSDB, rebateu as alegações de pedido de CPI, afirmando que a ação do Ministério Público não cita desvio de dinheiro ou corrupção na secretaria de transportes. Carlos José Barreiro foi convidado à comparecer na Câmara Municipal de Campinas no dia 22 de novembro, às 10h.
