A UPA Carlos Lourenço, em Campinas, passou a receber pacientes encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. A informação da coordenação da unidade pronto atendimento é que todos os processos assistenciais, antes incompletos, estão agora implantados.
A medida foi confirmada ao vereador Pedro Tourinho, do PT, que denunciou a restrição, e ao presidente do Conselho de Saúde da cidade, Toninho Cecílio. Ambos comentaram a solução apresentada pela Rede Mário Gatti após nove dias.
Tourinho se disse aliviado, mas se preocupa com outros problemas. Entre eles, o remanejamento de profissionais de outros bairros e regiões para a UPA, que foi aberta ao público no início de novembro, após oito anos.
“Uma preocupação que é com queda de cobertura de outros serviços que cederam funcionários pra cá. O PA do Campo Grande hoje tá começando a ter problemas porque muitos profissionais foram trazidos pra UPA”, afirma.
Já o presidente do Conselho de Saúde, Toninho Cecílio, diz que vai ficar atento para que o atendimento não seja afetado, principalmente aos fins de semana. Ele também lembra o período em que a população ficou desassistida nos bairros do entorno e cobra que os serviços estejam sempre em pleno funcionamento.
“A gente lamenta que ela tenha sido aberta assim. Criou-se uma expectativa muito grande e a população não tem a totalidade da oferta dos serviços, principalmente aos fins de semana”, critica.
A Rede de Saúde Mário Gatti, responsável pela UPA, já havia alegado que a orientação sobre o Samu divulgada em 4 de novembro era provisória. Desta vez, porém, quem se manifestou foi o próprio prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB. E na resposta, defendeu a restrição temporária.
Usando um tom crítico sobre a denúncia feita por Pedro Tourinho, disse que nem tudo o que a oposição alega é verdade e exaltou a gestão atual da UPA. “O que a oposição fala não pode ser uma verdade. A UPA eu abri há alguns dias ‘no peito’, com recursos só da Prefeitura, e vocês não falam uma linha disso. E essa indicação que a coordenadora do Samu deu foi uma indicação provisória”, reclama.
