O diretório estadual do PSB suspendeu a expulsão do deputado federal Luiz Lauro Filho pela executiva municipal da legenda. A medida atende ao pedido feito pelo deputado estadual pelo partido, Rafa Zimbaldi, que questionou a saída. Para Zimbaldi, houve conchavo entre Luiz Lauro e a cúpula da sigla em Campinas para que o parlamentar conseguisse se filiar ao PSDB e levar o mandato alcançado com votos do PSB. Em entrevista à CBN, reforçou a posição.
“Foi uma expulsão combinada. Embora seja um mandato temporário, de suplência, que ele assumiu com um afastamento, a cidade perde com isso. Então eu entrei com recurso pra que o deputado se arrependa do que ele fez”, afirma.
A suspensão, adotada sob a justificativa de que a executiva local não teria prerrogativa para a expulsão, definiu que Lauro se manifestasse até o dia 12 se possuiria interesse em retornar ao PSB. Não se sabe, porém, se ele respondeu. Rafa nega ter motivos pessoais para ter feito a petição, mas reconhece que se sentiu chateado por não ser informado adequadamente sobre a decisão, que não contou com abertura de processo disciplinar, ou análise do Conselho de Ética.
“Não é um posicionamento pessoal em relação ao deputado, ao prefeito, ou alguém da executiva do partido. Muito pelo contrário. O que me deixou entristecido e indignado foi a forma como foi costurada a expulsão”, reclama.
Sobrinho do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, Luiz Lauro era primeiro suplente do PSB na Câmara Federal e a filiação dele ao PSDB visou atender uma articulação do governador João Doria, envolvido em uma disputa interna. A intenção do tucano era colocar na liderança do partido o deputado Beto Ferreira e desbancar o deputado Celso Sabino, apoiado por Aécio Neves. Com isso, a mudança de Luiz Lauro também gerou polêmica dentro do PSDB.
Lauro se filiou ao PSDB e assumiu a vaga do deputado Jefferson Campos, do PSD, que se licenciou por questões de saúde. A posse aconteceu no fim do ano passado. Luiz Lauro Filho foi procurado pela produção, mas não respondeu aos contatos.
