Campinas considera que manter os idosos em casa é a estratégia mais eficaz para achatar a curva de número de casos do novo coronavírus no município. Para isso, o secretário de Saúde da cidade, Cármino de Souza, pede aos filhos, netos e outros parentes que ajudem a evitar a circulação de pessoas mais velhas.
Mesmo com o início da vacinação contra a gripe, voltada justamente às pessoas com mais de 60 anos, a recomendação é a de que se evite encher os postos. “A única autorização que a gente daria é tomar vacina e voltar pra casa. A vacinação vai até maio e não há necessidade de uma corrida”, alega Cármino.
Ainda sobre a campanha, antecipada no país para facilitar a diferenciação entre casos de gripe e da covid-19, o secretário prevê a adoção do sistema drive-thru. A conversa para o uso dos estacionamentos dos shoppings da cidade, que estão fechados devido à pandemia, começou e já há resposta positiva de um local.
“O Parque das Bandeiras já topou, mas estamos conversando com outros. As cancelas ficariam abertas e os idosos poderiam ser levados de carro”, detalha.
Mesmo com a quarentena, Cármino entende que é normal que muitos adultos e jovens circulem pela cidade. Por isso foca nos grupos de risco, como os idosos. Por outro lado, cita outros fatores importantes. O principal deles, no momento, é o aumento da capacidade de aplicação de testes nos pacientes com a suspeita.
Por isso o secretário aprovou o anúncio do governo estadual de que os exames em São Paulo serão feitos por uma rede integrada envolvendo 17 laboratórios. Ele lembra que há muitos procedimentos pendentes, não só de Campinas, o que deixa as autoridades sem a real dimensão dos números e do alcance da covid-19.
“Vai fazer 2 mil exames por técnica molecular. E isso é importante, porque precisamos tirar os que não são casos confirmados da frente”, explica Cármino.
Questionado sobre os leitos disponíveis para o tratamento de pacientes com a doença, o responsável pela pasta de Saúde quer uma central metropolitana. Ele justifica que a implantação do sistema exigiria ao menos 15 médicos na gestão das vagas, mas argumenta que a medida requer autorização do estado.




