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Com verba do MPT, PF monta novo laboratório

O montante de R$ 824.828,21 de um acordo judicial firmado com uma construtora contribuiu para a montagem do novo laboratório de química forense da Polícia Federal no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O espaço de 135 m² no terminal aéreo internacional conta com novos equipamentos. Entre eles, um cromatógrafo, que permite a análise de substâncias suspeitas e deve ajudar no combate ao tráfico de drogas.

A verba usada na construção e equipagem do local foi repassada pelo Ministério Público do Trabalho após um processo motivado pela morte de trabalhadores de uma obra na região e é parte de uma indenização de R$ 1,5 milhão.

O procurador do MPT, Everson Rossi, explica que a intenção é atender ao interesse público e que a outra parte do dinheiro foi destinada a outras instituições, como o Corpo de Bombeiros, que recebeu R$ 500 mil.

“A partir da demanda do núcleo de perícias da Polícia Federal, iniciamos a implementação do laboratório. Após a apresentação do projeto, pleiteamos a liberação de parcelas de acordo com o cronograma da obra”, detalha.

A nova área está quase pronta e deve passar a funcionar após a chegada de um equipamento de raios infravermelhos. Todos os componentes devem contribuir no trabalho do órgão, principalmente contra o tráfico internacional.

Mas o local também possui secretaria e uma sala de amostragem, assim como laboratórios de vias úmidas, instrumental e de documentos, que é usado para dar suporte a eventuais demandas de análises de papéis e comprovantes.

O chefe do Núcleo Técnico-Científico da Delegacia de Polícia Federal de Campinas, Lorival Campos Moreira, afirma que a estrutura ajuda na fiscalização do terminal de cargas de Viracopos, que é o maior da América Latina.

Ele alega que o espaço da perícia no prédio principal da PF na cidade já não era mais suficiente para atender todas as solicitações de análises. Por esse motivo comemora a utilização de novos equipamentos no monitoramento diário.

“O nosso carro-chefe lá é um cromatógrafo, que é um equipamento capaz de identificar substâncias ilícitas em qualquer pó ou líquido. Mesmo que haja diversos componentes, vai identificar e apontar qual a substância”, diz.

A inauguração deveria acontecer em 27 de março, mas a pandemia causou o cancelamento. O surto de coronavírus, aliás, é o motivo da demora na entrega do último equipamento. E por isso não há prazo para a abertura.

O MPT também explica que o repasse aconteceu antes do início da quarentena por conta da covid-19 e argumenta que a preocupação, após acordos futuros, é justamente encaminhar as verbas para iniciativas de combate à doença.

 

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