A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, a Fenae, está tentando junto ao governo dividir o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 com outras instituições bancárias e até mesmo com as prefeituras. Para a entidade, o Governo Federal subestimou os números de pessoas com direito ao benefício durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. A estimativa inicial era de 50 milhões de pessoas, mas pelo menos o dobro se cadastrou.
De acordo com o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, desde o início da pandemia, as entidades representativas dos empregados vêm cobrando da direção do banco medidas protetivas para a saúde dos trabalhadores e da população que precisa recorrer às agências. Para ele a falta vontade política do governo em buscar soluções reflete nas imensas filas diárias em todo território nacional. Takemoto afirma que as medidas tecnológicas adotadas para o pagamento do auxílio emergencial não vem surtindo o efeito esperado, pois grande parte das pessoas beneficiadas não tem acesso a internet. Uma das soluções sugerida é a descentralização do pagamento do benefício.
Para os dirigentes da Fenae, as dificuldades que milhares de brasileiros estão tendo para receber o auxílio mostra a importância dos bancos públicos na crise causada pela pandemia. Para a entidade, a falta vontade política do governo em buscar soluções aos problemas é uma forma de desgastar a imagem da Caixa para retomar posteriormente o processo de privatização, com a venda de partes rentáveis do banco. Um dos indícios, na opinião do presidente da entidade é a falta e reposição de trabalhadores. De acordo ele , em 2016 o banco estatal empregava mais de 100 mil trabalhadores e atualmente esse numero caiu para 84 mil.
