Sentindo nos cofres os efeitos da covid-19, Sumaré estima fechar 2020 com queda de até R$ 80 milhões na arrecadação. A afirmação é do prefeito Luiz Dalben, do PPS, que avalia o momento e diz ter tomado medidas de contenção.
Segundo ele, alguns setores e categorias foram priorizados, já que a crise sanitária exigiu a manutenção de alguns serviços e cuidados essenciais. Foi o caso, por exemplo, do fornecimento de equipamentos de proteção para a saúde.
“Não deixamos faltar nenhum tipo de EPI e não atrasamos salários, seja de terceirizados ou do setor público. Pagamos em dia, mas tivemos déficit. A estimativa é de R$ 60 milhões no ano, podendo chegar a R$ 80 milhões”, diz.
Dalben diz ainda que o anúncio do Governo Federal sobre o envio de R$ 32 milhões até o ano que vem para a recomposição de receitas não é suficiente. Para o chefe do Executivo, o rombo da pandemia é difícil de ser contornado.
Ele traça os motivos para a dificuldade na recuperação das finanças municipais e por isso relaciona diretamente a saúde financeira com a produção do comércio e das indústrias da cidade, em queda acentuada no período de restrições.
“Consequentemente, quando cai a venda, cai a produção e o comércio local também. Com isso, perdemos nesses meses de 30% a 40% das nossas receitas ao mês. Então é bem sensível a relação de uma coisa com a outra”, afirma.
Sumaré precisou erguer um hospital de campanha durante a pandemia sob a justificativa de manter os moradores mais próximos de casa e evitar a transferência para unidades de cidades vizinhas, como Campinas, por exemplo.
O local construído em uma área cedida sem custos por uma empresa atendia 17 pessoas infectadas pelo coronavírus no dia 28. Até o momento, o município soma 2.280 confirmações de covid-19 e contabiliza 103 óbitos pela doença.