As contaminações pelo coronavírus na Região Metropolitana de Campinas sofreram uma redução importante na última semana epidemiológica, com uma retração de 40%, segundo o levantamento apresentado pelo Observatório PUC-Campinas. Em números absolutos foram contabilizados 4,4 mil novos casos nos 20 municípios envolvidos, entre os dias 16 e 22 de agosto. No Departamento Regional de Campinas, composto por 42 municípios, a queda nas contaminações também é expressiva, na casa dos 37%, quando comparado aos sete dias anteriores.
Já a cidade de Campinas reduziu sua taxa de casos em 41% e de mortes em 1,29% no período em análise. Os indicadores vão de encontro às informações do estado, que também apontou uma melhora expressiva nos indicadores da região, o que possibilitou o avanço para a fase amarela no Plano São Paulo. De todo o modo, a região segue sendo a segunda com mais casos e mortes, logo atrás da Grande São Paulo. E Campinas também se mantém no ranking das principais cidades atingidas pela pandemia no quesito mortalidade, com 80 óbitos por 100 mil habitantes.
De acordo com o professor de medicina da PUC-Campinas, André Bueno, os bons indicadores não devem ser interpretados pela população como o fim da pandemia. Ele afirma que o mundo ainda vai conviver com o novo coronavírus por algum tempo e que por isso todos os cuidados e protocolos de segurança devem ser mantidos. “Essa redução nos casos novos ou mesmo o cenário posto em Campinas de desaceleração da pandemia, não deve ser entendido pela população como o fim da pandemia. É bem provável que a gente ainda vá conviver com o vírus por alguns ou muitos meses, isso tudo muito dependente de uma vacina que seja segura, eficaz e amplamente distribuída para a população. Então a gente passa a depender cada vez mais da adoção pela população das medidas para evitar o contágio”, explica.
Até o final da 34ª semana epidemiológica, o Departamento Regional somava pouco mais de 79 mil casos confirmados de covid-19, sendo quase 60 mil na RMC e 25 mil em Campinas.
