O impacto da pandemia da Covid-19 nos cofres da Prefeitura de Campinas foi bem menos significativo do que se esperava. A afirmação é do Secretário Municipal de Finanças, Tarcísio Cintra.
Desde o início da pandemia houve queda na arrecadação do IPTU, na sequência uma estabilização posteriormente retorno do crescimento. O mesmo ocorreu com o ITBI. O recebido em agosto, por exemplo, chegou a ser maior que no ano passado. No acumulado do ano já registra um aumento 1,5%. Na arrecadação do ISS, o volume foi zerado e já começou a registrar aumento.
De acordo com Secretário Municipal de Finanças, analisando os segmentos houve redução na emissão de notas fiscais, mas, não na arrecadação. O motivo segundo ele, foi que as grandes empresas não pararam com a pandemia. O repasse do Governo Federal, de R$ 104 milhões aos cofres do município, aliado aos mais de R$ 100 milhões repassados pelo SUS para o enfrentamento da pandemia ajudaram a equilibrar o orçamento.
Segundo o Secretário, antes do início da crise era tudo uma incógnita na economia e ninguém sabia o que iria acontecer com as finanças, porém, a situação ficou menos pior do que se esperava. De acordo com ele, a administração vai entregar ao futuro prefeito da cidade os cofres em equilíbrio e prestes a atingir o patamar de antes. Problema como o da Camprev foi equacionado e diluído para os próximos 70 anos. Houve avanços também com a suspensão dos precatórios e o parcelamento da folha de pagamento da prefeitura foi solucionado.
Para o Secretário de Finanças de Campinas, o futuro gestor vai ter que saber trabalhar com o equilíbrio fiscal e com a reforma tributária que é bem mais complicada, pois, há três projetos caminhando no Congresso Federal que podem mudar significativamente a receita dos municípios, em especial a dos grandes arrecadadores de ISS, como é o caso de Campinas.