Além da disparada no preço dos alimentos, alguns deles, como arroz e óleo de cozinha, estão com venda limitada em vários supermercados de Campinas. A restrição de venda é informada ao consumidor através de cartazes afixados nas gôndolas e o objetivo, de acordo com os supermercadistas, é evitar que haja compra excessiva e a consequente revenda com preços abusivos. O preço do arroz teve uma alta de 100% em um ano. O óleo de cozinha, 19%, o leite longa vida, 23% e feijão, 30%, dependendo do tipo.
A reportagem pesquisou o valores aplicados em supermercados de Campinas, desde os mais populares, até os mais elitizados. A variação no preço do arroz, 5kg, tipo 1, é de R$ 17 a R$ 26. Contrariando as expectativas, o mais barato foi encontrado no Cambuí e o mais caro, no centro, porém de uma marca mais famosa. No do Jd, Guanabara, o arroz foi encontrado por valores entre R$ 20 e R$ 25 e num supermercado desta região a venda do produto estava limitada a 3 unidades por CPF.
Outro produto encontrado com venda restrita é o óleo de cozinha, com limite de 6 unidades por cliente no Jd. Guanabara e 5 num supermercado do Cambuí. No Cambuí, o óleo foi encontrado por preços que variam, em média, entre R$ 6,00 e R$ 11,00. No Jd. Guanabara, de R$ 5,20 a R$ 9,00 e no Centro, de R$ 6,00 a R$ 8,00. Já, o Leite Longa Vida, foi encontrado no Cambuí por valores entre R$ 4,00 e R$ 4,80. No Jd. Guanabara, de R$ 3,70 a R$ 4,20 e no Centro, de R$ 3,80 a R$ 4,00. O feijão varia entre R$ 7,00 e R$ 8,00 no Cambuí, R$ 6,50 a R$ 8,00, no Jd. Guanabara e, numa média de R$ 5,00 a R$ 6,40, no Centro.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados, o motivo do aumento nos preços é a alta do dólar, que incentiva as exportações para países asiáticos, no caso do arroz principalmente, além da maior demanda interna por alimentos gerada pela pandemia.