A proposta que prorroga por mais um ano o contrato emergencial dos profissionais da rede pública de saúde de Campinas foi aprovada pelos vereadores durante sessão remota na manhã desta quinta.
Apresentado pelo prefeito Jonas Donizette, o projeto voltou à pauta depois de ter sido retirado de discussão no último dia 24. O pedido foi feito pelo líder governista na Câmara, Luiz Rossini, do PV.
Desta vez, porém, o vereador pediu a palavra para defender o projeto e reforçou que o objetivo da medida é manter a capacidade de atendimento do município durante a pandemia de coronavírus.
“Essa prorrogação é necessária, obviamente, para que não tenha problema na continuidade e para não interromper o serviço prestado por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem”, diz.
Integrante da oposição, Mariana Conti, do PSOL, anunciou ser favorável à prorrogação antes mesmo da votação. Segundo ela, a proposta do Executivo é necessária para não afetar a população.
Ainda assim, fez um alerta por considerar que a extensão dos contratos poderia agravar o que chama de precarização da saúde na cidade. Para Conti, o paliativo não pode ser tornar uma regra.
“Espero que a gente tenha em um futuro breve a reposição e a contratação para que não sejam necessários os temporários, que são um paliativo. E que o paliativo não seja permanente”, alega.
Foram 25 votos favoráveis na primeira discussão e 23 na segunda. Em nenhuma das votações houve manifestação contrária. Com isso, o projeto de lei será enviado para sanção do prefeito da cidade.
Ao todo, 348 funcionários de UPAs, Samu e Mário Gatti serão beneficiados. São 46 enfermeiros, 30 fisioterapeutas, 73 clínicos, quatro intensivistas, dois oncologistas e 193 técnicos de enfermagem.