A Maternidade de Campinas, instituição filantrópica centenária, idealizada para o atendimento às mães carentes da cidade, está passando por seríssima situação financeira. De acordo com o presidente do hospital, Carlos Ferraz, até fevereiro deste ano, a instituição estava em plena recuperação em números de procedimentos e receita. Porém, a pandemia do novo coronavírus derrubou a principal fonte que são as cirurgias eletivas feitas através de convênios médicos.
A Maternidade de Campinas é a maior do interior de São Paulo e faz o atendimento médio de 900 partos por mês, entre SUS e convênios. No entanto o contrato com o Sistema Único de Saúde é deficitário e desde 2015 permanece o mesmo, ou seja sem nenhum reajuste. Para complicar ainda mais a situação financeira a pandemia acabou gerando mais despesas. Para se ter uma ideia, a diferença negativa no caixa é de cerca de R$ 3,5 milhões por mês.
Para tentar auxiliar no equilíbrio financeiro do hospital o presidente da maternidade explicou que já foi em busca outros recursos, como por exemplo apoio da Prefeitura e demais instituições, porém, todos estão em dificuldade. A entidade está também pleiteado o alongamento de um financiamento junto ao BNDS. Em sua opinião, é necessário um apoio maior da comunidade como ocorrer em outros municípios do Brasil e do mundo. Como exemplo ele cita a cidade de Americana onde o envolvimento da sociedade é muito maior.