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Valinhos interrompe captação em represa que zerou capacidade

Foto: Valéria Hein

A intensificação no racionamento de água em Valinhos, que passou a ocorrer nesta segunda-feira, é uma medida que visa contornar a situação crítica nos mananciais internos da cidade. Ivair Nunes, presidente do Daev, cita como exemplo a barragem Moinho Velho, que na semana passada estava operando com 10% da capacidade e iniciou a semana sem capacidade de operação. “Não está se fazendo mais captação porque ela chegou num ponto que não é suficiente para operação de bombas e o equipamento foi desligado para não ser danificado. Outra represa que temos em Vinhedo está com 5% da capacidade”.

Com a intensificação, alguns bairros da cidade passam a ficar três dias por semana sem fornecimento de água, e não dois, como vinha ocorrendo desde 27 de agosto, quando começou o racionamento. O revezamento foi reorganizado, passando de 4 para 6 áreas e os bairros que ficarão 3 dias sem fornecimento são das áreas 1 e 3A.

De acordo com Ivair Nunes, sem chuvas a disponibilidade hídrica do sistema que abastece a ETA 1 não está permitindo a captação das vazões outorgadas. “Nosso problema está na estação de tratamento 1, que depende das represas  internas. Para que haja tempo de realizar as manobras de passar água da ETA 2 Para a ETA 1, precisamos dos três dias”. A dona de casa, Sueli Corrêa, mora no Jardim Primavera, que fica na área 1, onde o racionamento passará a ocorrer às segundas, quartas e sextas. “Estou segurando o máximo. Encho o balde e guardo para lavar o banheiro e a louça. A roupa eu lavo à noite, quando a água chega”.

São 18 horas consecutivas sem abastecimento nesses três dias, das 22h às 4h. O Centro da cidade continua afetado somente aos domingos para não prejudicar o comércio. Os mananciais internos são responsáveis por 38,7% da água que é consumida na cidade, enquanto o Rio Atibaia é responsável por pouco mais de 50% do abastecimento, e o restante vem de fontes alternativas. O Daev não descarta a possibilidade de que todos os bairros de Valinhos passem a ter três dias sem abastecimento, o que pode acontecer se a capacidade de operação do Rio Atibaia também continuar em queda.

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