O Hospital Maternidade de Campinas completa 108 anos nesta semana, com números impressionantes. Por mês, são cerca de 1.900 internações e 750 partos. O hospital é filantrópico e aproximadamente 60% de seus atendimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia, de 1958 para cá, são mais de 500 mil nascimentos.
A Maternidade de Campinas foi fundada em 12 de outubro de 1913 pela iniciativa de políticos e outros influentes da época, para que as gestantes carentes tivessem assistência médica. Dos 40 leitos de sua Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal, por exemplo, 22 são oferecidos para a rede pública. O corpo clínico conta com 642 médicos e 910 funcionários.
Todos esses números fazem com que a Maternidade de Campinas tenha ligação direta com a cidade. É fácil encontrar diferentes gerações na mesma família que nasceram no hospital, que é referência regional.
Esse é o caso da servidora pública federal Andréa Azevedo, de 54 anos, que além dela, teve os dois filhos e os dois netos nascidos na Maternidade.
“A minha ligação com a Maternidade de Campinas é desde o meu nascimento. Eu nasci lá em 1967. Tive dois filhos que nasceram lá na Maternidade. O meu primeiro filho, o Rafael, nasceu em 1984. Depois tive a Beatriz em 1992. Meus dois filhos também tiveram filhos nascidos na Maternidade. O Rafael teve a Helena, hoje com 7 anos, e a Beatriz teve o Gabriel, com 7 meses. Meus dois filhos procuraram a Maternidade justamente pela referência que tiveram dos partos que eu tive lá”, conta.
A fonoaudióloga Camila Lopes, de 31 anos, conta que nasceu na Maternidade, assim como suas duas filhas, além de sua mãe.
“A minha avó deu início a essa história pelo acompanhamento de pré-natal no SUS, ela foi encaminhada para dar à luz na Maternidade de Campinas. A mesma coisa se deu com a minha mãe. No meu caso apesar de ter o convênio médico, optei pela Maternidade de Campinas pela referência familiar”, diz.
De acordo com o presidente do hospital, Marcos Miele, por conta da pandemia e da queda da natalidade, a Maternidade precisa diversificar os atendimentos para outras especialidades para continuar sustentável e forte financeiramente, para manter a filantropia na área de ginecologia e obstetrícia.
“Então, hoje a Maternidade atende outras especialidades, como cirurgia geral, cirurgias bariátricas, cirurgias plásticas, cirurgias urológicas, cirurgias oncológicas em ginecologia e obstetrícia, otorrino, alguma cirurgias de ortopedia, e cirurgias infantis”, explica.
Segundo Marcos Miele, a cidade e região podem continuar a contar com o aprimoramento constante do hospital, em busca de inovação.
“O nosso aprimoramento em relação ao atendimento materno infantil sempre foi de ponta e vai continuar sendo. Iremos ampliar os serviços de imagem e manter o nosso parque tecnológico sempre disponível para a população, sempre dando o melhor possível para a cidade”, finaliza.