A Petrobras anunciou aumento de 8,8% no preço de venda do diesel para as distribuidoras. Com o reajuste, o preço médio vai passar de R$ 4,51 para R$ 4,91, acréscimo de R$0,40 por litro, a partir desta terça-feira (10).
Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor vai passar de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,36 por litro.
Um levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) antes do novo aumento mostrou que, em Campinas, o preço do diesel nos postos de combustíveis ficou na média de R$ 6,34 entre os dias 01/05/2022 e 07/05/2022.
O caminhoneiro autônomo Olímpio de Oliveira diz que o valor do frete precisa aumentar para compensar os frequentes reajustes aplicados pela Petrobras.
“O aumento vai impactar muito. Já está impactando e vai impactar ainda mais. Todo dia abasteço. Quando vou para o Rio é R$ 2 mil, todo dia R$ 600. Tem que aumentar o frete ou baixar o diesel.”
O caminhoneiro Everton Ribeiro tem emprego com carteira assinada, mas está preocupado com o impacto do valor do diesel nos preços dos alimentos.
“Agrava mais para levar as coisas para dentro de casa, né? Fico a semana inteira fora e tudo encarece, não é só o petróleo, não. É o arroz, o feijão, tudo. Complica não só para o lado do patrão, mas para o empregado também em toda categoria.”
A Petrobras justificou, em nota, que o balanço global de diesel está impactado por uma redução da oferta em relação à demanda e que os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos 5 anos nas principais regiões fornecedoras.
A estatal afirmou ainda que a alta segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado.
