Viajar de avião para destinos nacionais está mais caro.
A gestora comercial Maria Sousa e a filha moram em Brasília e precisaram viajar a Campinas nesta semana. Maria afirma que comprou as passagens no início do ano, por isso conseguiu escapar do reajuste que quase triplicou o valor do voo.
“Fiz o check-in na semana passada só para comparar os preços, e os preços triplicaram. Eu comprei em janeiro por R$ 890 e, agora, há uma semana, o preço subiu para R$ 3 mil.”
A professora Cristina Reis afirma que usa pontos de milhas para diminuir os custos, mas os descontos não são suficientes para manter o padrão de viagens.
“Viajo com frequência e os preços estão absurdos. Só viajo agora para alguma coisa que seja extremamente importante, não faço mais viagens a passeio porque os valores estão muito altos.”
Viajo com frequência e os preços estão absurdos. Só viajo agora para alguma coisa que seja extremamente importante, não faço mais viagens a passeio porque os valores estão muito altos.”
De janeiro a maio, os custos com voos domésticos apresentaram alta de 16,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com valor médio por cliente de R$ 605,04.
Quando consideramos os bilhetes que os passageiros emitiram apenas no mês de maio, o preço médio chega a R$ 682,60, o maior valor para um mês desde dezembro de 2012.
A tarifa média mais alta está em Roraima, onde o valor chega R$1.079,42. Depois, aparecem Acre (R$ 966,36) e Rondônia (R$ 864,49). As mais baratas estão em Espírito Santo (R$ 539,08) e Paraná (R$ 542,82).
Dois fatores explicam os preços: a alta demanda por voos, que se aproxima de patamares pré-pandemia, e o preço do querosene de aviação.
No acumulado de janeiro a julho, o combustível já aumentou 70,6%, segundo estimativa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
De acordo com a Anac, o querosene responde por cerca de 36% de todos os custos das companhias aéreas no Brasil.