Dois vereadores e um possível funcionário comissionado da Prefeitura de Hortolândia foram detidos na manhã desta quinta-feira (18) suspeitos de praticar a “rachadinha” na Câmara de Vereadores.
Os vereadores Enoque Leal Moura (MDB) e Márcia Campos (PSB) foram alvos da operação.
O terceiro preso é Isaac Santos Souza, que foi gerente do Centro Poliesportivo Nelson Cancian em 2017. Atualmente, ele tem cargo comissionado na Secretaria de Inclusão, segundo a advogada de defesa Raquel Sales. A Prefeitura de Hortolândia não confirmou a informação.
Segundo um dos mandados de prisão, a vereadora Márcia Campos (PSB) cobrava parte dos salários de uma assessora parlamentar por intermédio de Isaac Santos Souza, que foi voluntário em uma ONG de Márcia antes de ela ser vereadora.
Segundo outro mandado de prisão, o vereador Enoque Leal Moura (MDB) recebeu parte dos salários de um ex-chefe de gabinete por dois meses consecutivos e o demitiu após o funcionário se recusar a fazer novos pagamentos.
O advogado Ralph Tórtima Filho, que defende o vereador Enoque, afirma que o parlamentar é inocente e que o vereador apenas recebeu o pagamento de um empréstimo de cerca de R$ 2 mil.
Tórtima também é responsável pela defesa do vereador Zé Carlos (PSB), de Campinas, alvo de outra operação, do Ministério Público, que investiga possível caso de corrupção passiva em contratos terceirizados da Câmara — sem relação com o caso de Hortolândia.
O 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), de Piracicaba, cumpriu os mandados de prisão nesta quinta-feira (18) a pedido da 3ª Promotoria de Justiça de Hortolândia.
Alvos da operação, os vereadores de Hortolândia Enoque Leal Moura (MDB) e Márcia Campos (PSB) e o suposto funcionário comissionado da Prefeitura Isaac Santos Souza vão permanecer presos até audiência de custódia, que está prevista para esta sexta-feira (19).
A Prefeitura de Hortolândia, por meio de nota, informou que “não foi notificada pelas autoridades e está à disposição dos órgãos de investigação para prestar quaisquer esclarecimentos a respeito do caso”.
A Câmara de Vereadores de Hortolândia não se posicionou sobre o caso até o fechamento desta reportagem.
