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Medidas da Prefeitura para recuperar o Centro são vistas como positivas, mas precisam de complementos

Foto: Guilherme Pierangeli

A Prefeitura de Campinas anunciou um pacote com incentivos urbanísticos e fiscais com o objetivo de levar proprietários e empresários a reformar imóveis para estimular a ocupação deles com moradias e comércios. Dentre os incentivos estão a flexibilização de permissões de uso dos imóveis, além de reduções e isenções temporárias em impostos municipais como IPTU, ISSQN e ITBI.

Mas será que isso bastará para alavancar a reestruturação da região Central, contribuindo com a revitalização? O arquiteto e urbanista Alan Cury, elogiou a medida, e crê que ela ajudará a reduzir a degradação do Centro. “Quando a prefeitura se dispõe a autorizar e permitir a mudança de edificações de comercial em habitacional e vice-versa isso acaba contribuindo para a ocupação dos imóveis, e isso acaba ajudando a reduzir a degradação”. Porém, ele defende também uma mudança no sistema de mobilidade da região central, que dependa menos dos carros. “O Centro de Campinas carece de um novo bonde que faça o trânsito todo da área central e permita que as pessoas circulem sem sentir a falta de automóvel, junto a isso terá o Trem Intercidades ligando Campinas a São Paulo, e as pessoas que virão nele precisam ser distribuídas por toda a ciadade, e a melhor forma seria o bonde, assim o Centro de Campinas seria bastante atraente para novos usuários”.

Oswaldo Baldoni é comerciante no Centro da cidade, e vê a medida anunciada pela prefeitura como positiva. Mas ele acredita que ela precisa ser acompanhada de outras iniciativas, inclusive em relação à zeladoria do espaço público e também sobre as pessoas em situação de rua. “Eu acho que pode ser o caminho, alguma coisa pode ser feita, obras também, limpeza, e também parte social, pois atrapalha até a vida, pois moro no Centro também, e trabalho aqui, e tem essas coisas que a gente se depara o tempo todo”.

A proposta da prefeitura será debatida com a sociedade antes de envio à Câmara, que está previsto para o final de setembro. O projeto visa cerca de 1.900 lotes com imóveis que ficam na área entre a Rua Marechal Deodoro; Avenida Anchieta/Rua Irmã Serafina; Avenida Moraes Sales; Praça Floriano Peixoto e Rua Dr. Ricardo.

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