O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a dissolução dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e unidades militares em todo o país. A decisão foi tomada na noite de domingo (8) pelo ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 24 horas para a execução. Mas, em Campinas, ainda não há definição de quando isso ocorrerá. Esta foi uma das medidas determinadas pelo STF após integrantes de caravanas de bolsonaristas praticarem atos de vandalismo contra os prédios dos três poderes: O Palácio do Planalto, o prédio do STF e o Congresso Nacional.
Em Campinas, o acampamento continua em frente à entrada da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPeCEX). Eles estão no local há mais de dois meses, e na manhã desta segunda-feira (9), o clima era tranquilo no acampamento, cerca de 15 a 20 pessoas estavam presentes, em geral, conversando.
O bloqueio de um trecho da avenida Cel. Amâncio Bueno continua, e ali há uma estrutura com barracas e banheiro químico. Além disso, há barracas também no canteiro central da Av. Papa Pio XII. Nesta manhã não havia bloqueio de outras vias, mas no início da tarde a avenida Papa Pio XII foi bloqueada pelo grupo, com uso de pallets, colocados em forma de barricada. Também no começo da tarde houve a chegada da Polícia Militar, que posicionou viaturas na Praça do Tiro de Guerra, há cerca de 500 metros de distância do acampamento, mas ainda sem agir para efetivamente desocupar a área.
A Prefeitura de Campinas informou por meio de nota que atendendo solicitação do comando da Polícia Militar, disponibilizou a Guarda Municipal, a Emdec e a Setec para apoiarem o cumprimento da medida judicial para desmobilização do acampamento em frente à Escola de Cadetes. A operação de desocupação será comandada pela Polícia Militar, conforme determinação do STF. A Prefeitura informou ainda que a Guarda Municipal, além de dar suporte à operação, vai reforçar a segurança nos prédios públicos da cidade.
*Atualizado às 13h40
