Após a morte de uma jovem de 23 anos no Hospital Maternidade de Campinas, amigos e familiares fizeram um protesto neste domingo em frente à unidade de saúde.
Emely Gabriela Bueno teve três paradas cardíacas após um procedimento de curetagem, mas a família alega que houve negligência no atendimento.
O protesto, que teve a presença de aproximadamente 20 pessoas foi acompanhado pela Polícia Militar, Guarda Municipal e de agentes de trânsito.
Em entrevista à EPTV, a mãe de Emely, Kátia Menezes, afirmou que a filha se na Maternidade na manhã de 16 de fevereiro para passar pelo procedimento que retira material biológico do útero após uma mulher sofrer aborto.
Kátia afirma que a filha estava grávida de aproximadamente 2 meses e sofreu um ‘aborto retido’. Após dar entrada no hospital, Emely teria ficado em atendimento por 16 horas.
Segundo a mãe, a jovem estaria em jejum e com episódios de pressão baixa após receber medicações.
Por volta de 0h30 de quinta-feira, a mãe foi informada pelo hospital que Emely teria sofrido três paradas cardíacas após a curetagem. Ela afirma que houve negligência.
A família de Emely registrou um boletim de ocorrência na data da morte, em 17 de fevereiro. O caso foi registrado como morte suspeita no 11º Distrito Policial (DP) e deve ser encaminhado ao 1º DP, que atende a área onde fica o hospital.
A Maternidade informou que, por força de Lei, é impedido de fornecer quaisquer informações sobre pacientes, porém afirma que a morte de Emely está sendo avaliada por “comitês responsáveis, sendo que, até o momento, não há indícios de negligência, considerando que houve suporte completo durante todo o procedimento”.
A manifestação pela morte de Emely não tem relação com os óbitos de bebês noticiados durante esta semana, após um surto de diarreia no hospital. Nenhum familiar dos recém-nascidos esteve no ato deste domingo.
