Campinas registrou queda de 33% no número de queimadas no primeiro semestre deste ano, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano foram 373 ocorrências na cidade, contra 559 entre janeiro e junho de 2022. Os dados são do Corpo de Bombeiros.
A meteorologista Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Unicamp (Cepagri), afirma que fatores climáticos podem ter contribuído para a diminuição dos focos. “Nós tivemos chuvas, apesar de estar um pouco mais irregular, nós estamos com as chuvas dentro do esperado até agora. Tivemos um verão com bastante chuva, agora março e abril e maio com um pouquinho de chuva abaixo da média, mas tivemos episódios importantes de chuvas agora no mês de junho, e isso favorece a umidade da vegetação, e a vegetação está bem suprida de água, então com isso reduz o risco de expansão rápidas de focos de queimadas”.
Porém, o início do inverno marca o período mais severo da estiagem, e por isso a atenção para evitar novas queimadas deve ser maior. “Todo cuidado é pouco para evitar o risco, evitar focos de fogo, né? Muitas vezes as pessoas se distrai, sobretudo e nas margens da rodovia. Nessa região é cortada por rodovias, então isso aumenta o risco, inclusive até de redução da visibilidade. Então é um risco muito grande que a gente tem nessa época do ano, evitar queimar lixo… Também é muito importante a conscientização da população”, afirma a meteorologista.
Além da queda no total de queimadas, outra boa notícia é a queda nos focos de incêndio próximos às rodovias do Corredor Dom Pedro. Segundo a concessionária Rota das Bandeiras, que administra o corredor foram 118 focos neste ano, contra 142 no mesmo período do ano passado, uma queda de quase 17%.
