Diante do aumento do número de casos de dengue na região, uma alternativa adotada, em anos anteriores, por Indaiatuba e Piracicaba trouxe ânimo na época no combate ao mosquito Aedes aegypti.
O projeto-piloto ‘Aedes do Bem’ foi com Piracicaba, de 2015 a 2018. Em laboratório, era feita a alteração no DNA dos mosquitos. Em seguida, eles eram soltos em algumas regiões da cidade. Quando fecundavam as fêmeas, por conta da alteração genética, os ovos eram inférteis, impedindo a reprodução. A soltura era sempre de machos, pois eles não contribuem para a transmissão da dengue. Apenas as fêmeas que picam.
Mas o município apontou que a ação se tornou “economicamente inviável”. Além de que os resultados obtidos na ação não atingiram as expectativas desejadas, segundo Marcelo Carvalho, gestor de projetos da saúde.
Fato que a empresa responsável pelos testes contesta. Luciana Medeiros, Coordenadora de Vendas da multinacional britânica Oxitec, diz que houve 98% de supressão do mosquito nas áreas tratadas.
Em Indaiatuba, o projeto aconteceu de 2018 a 2023. A empresa disse que o resultado foi 96% na diminuição da população do Aedes aegypti nas regiões estudadas.
Mas governo municipal informou que a ação aconteceu em conjunto com outras técnicas, segundo Ulisses Bernardinetti, coordenador do Centro de Operações contra Dengue.
Recentemente, o projeto ganhou um novo modelo que utiliza “mini caixas” da tecnologia em versões domésticas, com dosagem menor dos insetos para uso em residências ou pequenos estabelecimentos comerciais. A compra pode ser feita por qualquer pessoa.
A Secretaria de Saúde de Piracicaba afirmou que segue buscando alternativas sustentáveis e de menor custo para o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Já Indaiatuba disse que, no momento, avalia a tecnologia segundo sua capacidade para futuras aplicações.