As UPAs da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, em Campinas, registraram aumento de 32,1% nos atendimentos nos dois primeiros meses de 2024 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 58.324 atendimentos em janeiro e fevereiro de 2023 e 77.072 em 2024.
Segundo a administração municipal, o crescimento vem do fluxo de pacientes com sintomas respiratórios e de dengue, o que está impactando no tempo de espera pela consulta. Nas unidades de pronto atendimento percorridas pela reportagem da CBN Campinas nesta quata-feira (6), os relatos são de muita demora no atendimento e lotação nas recepções.
Na UPA Carlos Lourenço, os pacientes afirmaram que o tempo de espera para passar pelas consultas chega a cinco horas. Na recepção, atendentes informaram que está faltando médicos. Muitos pacientes até desistiram de aguardar e foram embora. É caso de uma mulher com sintomas de dengue, que decidiu procurar um laboratório particular para receber um diagnóstico.
Já na UPA São José, que fica no Jardim das Bandeiras, o relato também é de muita demora, devido a lotação da unidade. Familiares de uma paciente de 93 anos, com suspeita de dengue, relataram mais de quatro horas de espera, mesmo com o atendimento prioritário para a idosa.
A Rede Mário Gatti informou, em nota, que os pacientes com quadros leves representam 98% dos atendimentos. Só 2% poderão ter complicações e precisarão de internação. A rede pede a colaboração da população e orienta que pacientes com quadros leves procurem os centros de saúde.
Afirmou ainda vem se preparando para um eventual aumento de casos de dengue, com programação para instalar salas de hidratação nas unidades. Já sobre a denúncia de falta de profissionais na UPA Carlos Lourenço, informou que a unidade está com dois clínicos em licença para tratamento de saúde, por isso, trabalhou nesta quarta-feira (6) com quatro médicos, sendo dois pediatras e dois clínicos.
