O início do momento áureo!

A expressão “ Clássico do Rock ” pode ser aplicada a muitas músicas. Se for usada para identificar trabalhos lançados entre o final da década de 60 e o começo de 70, ela faz ainda mais sentido. É justamente desse período o disco In Rock do Deep Purple.  Antes de ser engolida pela internet, a indústria fonográfica tinha um papel importante na revelação de novos artistas. A força das gravadoras como veículo  de divulgação era tanta que elas não cobravam resultados imediato, o que permitia um aperfeiçoamento da sonoridade. Foi isso o que  aconteceu com o Deep Purple. Depois de flertar com o rock mais pesado nos primeiros álbuns e de registrar um show com orquestra influenciado pela música clássica, o grupo britânico acertou em cheio ao lançar In Rock.

Não é só o fato de ser um marco no que se convencionou chamar de heavy metal que torna In Rock essencial . Além das ótimas vendas desde a chagada as lojas em junho de 1970 e de estar eternamente em catálogo com edições comemorativas repletas de faixas bônus, ele inaugurou o período de maior sucesso do Deep Purple e de incontestável inspiração criativa, que se completou com Fireball e Machine Head, discos obrigatórios na coleção de qualquer fã do grupo e que tem lugar garantido na história do rock

Gravado em três  estúdios, incluído o lendário, Abbey Road, In Rock foi produzido pelo próprio Deep Purple.  A autoria das composições também é dividida entre todos . A mais famosa formação do grupo inclui Ritchie Blackmore na guitarra, Jon Lord nos teclados, e IanPaice na bateria. Roger Glover no baixo e Ian Guillan no vocal estrearam em estrearam em estúdio nesse disco. E foi com esse time que em julho de 1970 começou a turnê que durou um ano e três meses, passou por 19 países da Europa, além dos Estados Unidos, Canadá e Austrália, num total de 158 shows.

In Rock poderia ser apenas uma expressão que ligasse o Deep Purple ao gênero muisical, mas o título do disco tem duplo sentido por causa da capa.Nela, os rostos dos integrantes da banda estão esculpidos na pedra, daí o nome In rock.  Mas não é uma pedra qualquer. Eles substituíram os  ex-Presidentes americanos na famosa montanha Rushmore.

A sete músicas lançadas originalmente no antigo lp somam que 45 minutos, tempo suficiente para que cada um dos envolvidos nesse projeto mostrasse a habilidade com seu instrumento. E mesmo que bateria, órgão, baixo e voz tenham sido muito bem usados, não dá prá falar de In rock sem destacar o trabalho do guitarrista Ritchie Blackmore, pois  foi ele que insistiu que o som do Deep Purple  fosse mais pesado.

 

Essa edição do quadro Música é Cultura destaca o lendário lp In Rock da banda inglesa Deep Purple.

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musicaecultura@cbncampinas.com.br

Apresentação

Robson Santos

produção

Walmir Bortoletto

edição

Paulo Girardi

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