Nessa edição vamos compartilhar com você o sentido das “ transformações”.
Para ilustrar essa temática, apresentamos o compositor barroco Vivaldi e sua obra :
“AS 4 ESTAÇÕES”.
Ao longo de 4 décadas Antonio Lucio Vivaldi, nascido na cidade Italiana de Veneza em 1678, promoveu uma significativa mudança na estrutura formal e rítmica dos concertos, além de romper com as regras vigentes da sociedade do final do século 17 e início do 18.
Já utilizada em comercial, som ambiente e cinema, a obra tem como característica marcante a presença forte da sonoridade dos naipes de cordas, principalmente o violino. De todos os movimentos, talvez o mais famoso é o que anuncia a chegada da primavera.
Apelidado de “ padre vermelho ” pelos cabelos ruivos e a tentativa do sacerdócio, Vivaldi se dedicou exclusivamente à música. Ele nunca se casou, mas sempre esteve cercado por muitas mulheres, especialmente Anna Giraud, aluna e cantora, que o acompanhou até a sua morte.
Em As 4 Estações, o compositor conseguiu de maneira primorosa passar com a música, as sensações sinestésicas . A obra ultrapassou o limite da audição, nós podemos sentir a brisa, tremer de frio, e perceber como o outono é mais lento, fluindo em câmera lenta
Elevado à categoria de gênio, foi um dos mais influentes do período barroco, sendo mais tarde referência para Bach. Apresentou-se para reis e rainhas, mas sempre foi pessimamente remunerado. Perdeu a reputação devido à suas convicções. Ficou no ostracismo por 200 anos e só em 1939 suas inúmeras peças : sonatas, operas e os concertos, voltaram a ser executadas.
Vivaldi morreu em Viena em 1741 aos 63 anos. Foi enterrado numa vala comum, sem nenhuma honraria. Com certeza, o músico experimentou todas as estações da vida, as boas e as ruins, mas o tempo “ que é “ o eternizou. E teremos Vivaldi para sempre.
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produção
Walmir Bortoletto
edição
Paulo Girardi