A Justiça deve avaliar neste começo de semana a denúncia encaminhada pelo Ministério Público sobre o ataque ao ônibus da linha 444, do transporte urbano de Piracicaba, que terminou com três pessoas mortas e três feridas.
Segundo o MP, o autor, José Antônio Santana Filho, de 52 anos, atuou por motivo torpe, perverso, “com satisfação em matar”, com crueldade e para dificultar chance de defesa das vítimas.
O promotor responsável pela ação é Aluisio Antonio Maciel Neto. Ele pede que a prisão preventiva do homem seja mantida, e também solicitou informações sobre antecedentes criminais e os laudos que fazem parte dos autos do processo.
Em um trecho do documento, o promotor disse que o “o bárbaro crime foi cometido dentro de transporte público que locomove milhares de pessoas diariamente. Por mais que se queira traduzir o pânico coletivo causado com a ação assassina do denunciado, faltaria palavras exatas para se alcançar tal êxito”.
O promotor ainda aponta que o caso é um possível exemplo a integrar manuais de Direito para explicar eventuais necessidades de prisão preventiva.
O crime
José Antônio se levantou assim que o coletivo saiu do Terminal Central de Integração. Ele atacou seis pessoas. Três morreram na hora.
A Polícia Civil apurou que o homem saiu de casa no dia do crime com a intenção de matar e não tinha distúrbios psicológicos
Dos três feridos, o jovem de 28 anos que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital dos Fornecedores de Cana, foi transferido nesta segunda-feira para a enfermaria da unidade de saúde.
Ele passou por várias cirurgias nos últimos dias, e tem estado de saúde considerado estável.